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Bibliotecários de São Paulo realizam ato em protesto contra privatização de bibliotecas

Centro Cultural São Paulo. Foto: divulgação

Bibliotecários e outros profissionais de São Paulo irão realizar no próximo dia 25 um abraço simbólico ao Centro Cultural São Paulo (CCSP) contra a privatização das bibliotecas públicas municipais. Conforme divulgado pelo secretário municipal de Cultura, André Sturm, no último dia 5, o CCSP e a rede de 52 bibliotecas de capital passarão para a administração de organizações sociais (OS).

O argumento é de que seria “muito difícil” para a Prefeitura fazer a gestão direta dos equipamentos. “Para poder contratar artistas tem que fazer uma série de procedimentos. É muito complexo a Cultura ligada na administração direta”, afirmou Sturm em entrevista coletiva.

A rede de bibliotecas municipais é composta por 107 equipamentos, sendo 52 bibliotecas públicas de bairro e o Centro Cultural São Paulo, que conta com uma biblioteca referência em braile, uma discoteca, uma hemeroteca, além de uma biblioteca central, que também estão ameaçados pela privatização.

De acordo com a convocação para o evento feita pelo Facebook, somente de janeiro a junho de 2016 o sistema atendeu 518.496 pessoas, com 316.731 empréstimos num acervo de 2.473.823 materiais.

“Nos últimos anos as bibliotecas se fortaleceram com as inaugurações da biblioteca de direitos humanos em Cidade Tiradentes e a biblioteca feminista em Guaianazes, com a reforma de bibliotecas temáticas e com a criação do Fórum de trocas de experiências de ações culturais e de mediação de leitura em bibliotecas”, diz o documento.

Segundo os organizadores do ato, com a privatização as organizações sociais seriam responsáveis pela gestão do sistema resultando em precarização das condições de trabalho, bem como dos serviços oferecidos e ameaçando a qualidade e a independência da proposta cultural.

“Precisamos sim de novos profissionais concursados, de mais editais de apoio à cultura, de formação continuada para os profissionais que já trabalham no setor. Mas a CULTURA é, e precisa continuar sendo PÚBLICA em constante diálogo governo-sociedade civil”, reclamam os profissionais.

Leia abaixo o texto da convocação do ato:

Mobilização: 12h
Início: 13h – Abraço simbólico contra a privatização do Centro Cultural São Paulo e mais 52 bibliotecas públicas. Por uma cultura pública!!!
Querem privatizar o maior sistema de bibliotecas públicas da América Latina
Nós, bibliotecários, lutamos há muitos anos para melhorar os serviços oferecidos nas bibliotecas. Para que seja um espaço agradável, acolhedor, de acesso à informação, com mediação de qualidade, que inclua crianças, idosos, pessoas com deficiência, e que seja aberto à sociedade, aos coletivos culturais periféricos e a todos que se interessem.
Mesmo com todos os percalços, como falta de estrutura adequada e de pessoal, conseguimos importantes conquistas como a criação do inédito Plano Municipal do livro, leitura, literatura e biblioteca da cidade de São Paulo, em 2015, que visa nortear as ações bibliotecárias, educacionais e do mercado do livro.
Todo esse esforço e toda a gestão cultural pública construída está ameaçada pela proposta de privatização do sistema pelo senhor secretário de governo, André Sturm sob a gestão neoliberal do prefeito João Dória.
Nosso sistema é composto por 107 bibliotecas, sendo que 52 bibliotecas públicas de bairro e o Centro Cultural São Paulo, que conta com uma biblioteca referência em braile, uma discoteca, uma hemeroteca, além de uma biblioteca central, estão ameaçados pela privatização.
Somente de janeiro à junho de 2016 o sistema atendeu 518.496 pessoas, foram feitos 316.731 empréstimos num acervo de 2.473.823 materiais. Nos últimos anos as bibliotecas se fortaleceram com as inaugurações da biblioteca de direitos humanos em Cidade Tiradentes e a biblioteca feminista em Guaianazes, com a reforma de bibliotecas temáticas e com a criação do Fórum de trocas de experiências de ações culturais e de mediação de leitura em bibliotecas.
Com a privatização, as Organizações Sociais seriam responsáveis pela gestão do sistema resultando em precarização das condições de trabalho, bem como dos serviços oferecidos e ameaçando a qualidade e a independência da proposta cultural.
Precisamos sim de novos profissionais concursados, de mais editais de apoio à cultura, de formação continuada para os profissionais que já trabalham no setor. Mas a CULTURA é, e precisa continuar sendo PÚBLICA em constante diálogo governo-sociedade civil.
Contra a privatização!! Por uma cultura PÚBLICA!!!

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