Aquiles Ratti Alencar Brayner é o novo diretor do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB), daSecretaria da Economia Criativa, da Secretaria Especial da Cultura, do Ministério daCidadania. A nomeação do bibliotecário foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) no último dia 20.
Aquiles é doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de Londres, mestre em Línguas e Culturas da América Latina pela Universidade de Leiden e mestre em Biblioteconomia e Ciência da Informação pela Universidade de Londres.
Graduado em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará, em Línguas e Culturas da América Latina pela Universidade de Leiden (Holanda) e em Biblioteconomia pelo Centro Universitário Claretiano. Foi coordenador dos acervos bibliográficos e arquivísticos da Presidência da República.
Ocupou os cargos de curador do Acervo Latino-americano e curador Digital da Biblioteca Britânica, sendo o responsável pela implementação de políticas de desenvolvimento e acessibilidade aos acervos, bem como produtos e modelos de gestão para os recursos eletrônicos daquela biblioteca.
Atuou como professor universitário em diversas universidades britânicas. Foi pesquisador residente da Fundação Biblioteca Nacional, além de gestor na área de curadoria digital, atuando com políticas públicas em prol da literatura, biblioteca e humanidades digitais.
Criado em 2008, o DLLLB nasceu como uma Diretoria (só depois virou Departamento) subordinada ao Ministério da Cultura (MinC) tendo como função o fomento e a avaliação das políticas públicas relacionadas às áreas do livro, leitura, literatura e bibliotecas.
Em 2014, ganhou mais importância e passou a incorporar em sua estrutura o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP); o Programa Nacional de Incentivo à Leitura (Proler); a Biblioteca Demonstrativa de Brasília e as Coordenações-Gerais de Leitura e Literatura e Economia do Livro.
Em 2016, durante o governo Michel Temer, foi iniciado o processo de desmantelamento da então DLLLB que ocasionou a saída de Volnei Canônica, titular do cargo à época. Em 2017, Cristian Brayner foi o primeiro bibliotecário a assumir a pasta que deixou de ser uma Diretoria e passou a ser um Departamento.
Em agosto de 2017 Brayner deixou o cargo alegando dificuldades em função dos “cortes orçamentários e a anomalia institucional”, uma vez que em menos de nove meses esteve subordinado a quatro ministros. Em seu lugar assumiu o administrador Guilherme Relvas D’ Oliveira, que dirigiu a pasta até maio de 2019, quando pediu exoneração.
Com a extinção do Ministério da Cultura no governo Bolsonaro, a pasta foi ainda mais desarticulada e atualmente o Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas passou a integrar a Secretaria de Economia Criativa da Secretaria Especial da Cultura do Ministério da Cidadania.
Em Brasília aventou-se a possibilidade das políticas públicas envolvendo livro, leitura, literatura e bibliotecas “retornem” para à Fundação Biblioteca Nacional (FBN), o que representaria a volda do DLLLB ao Rio de Janeiro. No entanto, o projeto não foi levado adiante, até porque estava sem diretor desde a saída de Relvas no ano passado.
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