Do La Stampa. Tradução por Hanna Gledyz / Revista Biblioo.
Uma biblioteca que gera mais energia do que consome, um marco alcançado na Califórnia devido ao projeto do WRNS Studio, que abre a porta para a construção de escolas ultra-sustentáveis. Trata-se da Stevens Library (Biblioteca Stevens), parte do campus da Sacred Heart School (Escola Sagrado Coração), Atherton (Califórnia, EUA), e é a primeira biblioteca nos Estados Unidos a receber a certificação NZBE – Net Zero Energy Building.
A biblioteca foi projetada para refletir os valores da escola, isto é, a consciência social, a sustentabilidade ambiental e o estímulo intelectual. Na prática, isso se traduz em sete salas de aula, duas salas de reuniões, uma sala de conferências, duas áreas dedicadas à tecnologia, um escritório, uma sala de estudo e, claro, um amplo espaço aberto da biblioteca. Todos os espaços são construídos por módulos, possibilitando alterar suas funções e acomodar novos ambientes, capacidade que já foi usada algumas vezes no primeiro ano de vida do edifício.
O funcionamento geral das instalações para impacto zero é explicado através de painéis educativos distribuídos no edifício. Entre as características que fazem esta biblioteca encontramos o telhado ecológico que recolhe a água da chuva, que é reutilizada para rega do pomar; através de uma das portas de vidro do edifício as crianças podem monitorar o nível de água nos reservatórios e mecanismos de gestão da água. Os materiais utilizados para construir o edifício são locais e naturais, bem como muitas das soluções de design de interiores: pedra e madeira produtos do território do próprio campus, demonstrando como o que você tira da natureza para construir poderia encontrar um emprego útil.
Além disso, há um isolamento térmico de alta performance, onde a irradiação de luz natural permanece durante muitas horas do dia, ventilação natural, energia solar que compensa todas as necessidades de energia do edifício. Todos estes dispositivos tiveram como resultado, logo no primeiro ano de vida da biblioteca, a produção de mais energia do que necessário para o consumo, com zero de desperdício de recursos de água. A cereja no topo do bolo é que a concepção e construção custaram cerca de 20% menos do que os edifícios convencionais, provando que a sustentabilidade não é necessariamente sinônimo de luxo.
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