Mineira de Carangola, veio para o Rio de Janeiro trabalhar como doméstica e ajudar uma tia, que estava com o marido doente. Por décadas, trabalhou e morou em casa de família. Já ali, a inspiração a levava a criar. “Às vezes eu estava limpando e tinha alguma ideia. Parava para anotar um poema, pois às vezes a ideia foge”, conta. Aposentada por invalidez, se mudou para a Maré e iniciou o curso de pintura com a professora Lina Mello, e de teatro com o professor Paulo Mag, já falecido. Leia alguns de seus poemas:
Um poema não possui data,
É um momento, um passado,
Presente ou futuro, poeira de ouro.
Porém nasce uma fonte infinita de amor.
Toma forma e formas de vida e vidas
Aparece e se despede como uma estrela viajante
Ficando nas palavras o calor.
Voando através do tempo…
Quero-te um bem especial
Tu és minha irmã
Minha amiga informal
Tu és uma joia, um talismã
Para mim não é segredo
Sabes bem que és uma criatura forte
Possue toda força que Deus te deu
A pessoa é… Tu sabes…
O Brasil está de lutoO Brasil está de luto
Minas Gerais estremecida
Suas colinas, suas montanhas choram
Os pássaros voam num silêncio profundo
O céu límpido ilumina mais a Pátria
Clareando os templos eternos
Com sua chegada gloriosa do filho pródigo
Depois de uma Batalha vencida.
Ah! Mocidade, aproveita a vida tão bela
Ah! Mocidade, preparai o presente e o futuro
Explanando seus ideais
Abrindo as portas escancarando os portais
A natureza é vista sempre uma aquarela.
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