Quando pensamos em Bienal do Livro a imagem que imediatamente nos vem à mente é dos best-sellers. Mas a Bienal não reserva espaço só para os “grandes escritores”, mas para os “pequenos” também. São em geral pessoas que ou ainda não publicaram por grandes editoras e que, por conta disso, estão em busca de visibilidade tanto entre os editores e/ou entre o público. Luzinete Gomes, por exemplo, está em seu terceiro livro, mas ainda publica por sua conta. Perguntada sobre o que a motivou a montar um stand na Bienal, ela logo esclarece: “Tonar meus livros conhecidos pelo público”. Entre suas obras estava um livro dedicado aos adolescentes, cuja temática parte de sua experiência pessoal. Durante o agradável papo que tivemos com a escritora, ela leu um trecho de sua obra o qual diz que “o mundo dos adultos definitivamente não é um lugar confortável, e sim estranho e hostil”. No stand ao lado encontramos o também escritor Mário Magalhães Mosso que nos apresentou algumas de suas obras. Mosso já tem 11 livros publicados, sendo que dois saíram por editoras (um pela Interciência e outro pela Qualymark), com temáticas variadas que vão da ficção (poesia, em geral) à educação, passando por meio ambiente e empreendedorismo.
Atraída pela palavra poesia no título de um dos livros de Mosso, a estudante Isadora Cristal, de 16 anos, se aproximou do stand do escritor para conhecer um pouco das obras. “Adoro poesia”, disse Isadora, informando que estava ali porque havia fugido da escola, uma vez que a instituição havia proibido os professores de irem ou levarem estudantes no horário do expediente escolar ao evento. “Minha mães é professora lá na minha escola e ela não pôde sair, se não teria o salário descontado”, informou a estudante. Menos mal para ela que conseguiu ainda tirar uma foto com o escritor, além de conhecer um pouco de sua obra.
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