Uma parte importante do individuo é sua identidade profissional. Existem muitos arquétipos do que seria a realização no trabalho e quando esse não é atingido se iniciam vários processos de frustração e o trabalho pode se tornar algo maléfico ao indivíduo.

Em um artigo (Sofrimento no trabalho na visão de Dejours), Patrícia Ferreira Rodrigues, Alex Leandro Teixeira Alvaro e Regina Rondina, retomando o pensamento de Jacques Christophe Dejours, o responsável pela evolução da psicopatologia do trabalho, conceituam o sofrimento no trabalho como: “uma das consequências da insistência do ser humano em viver em um ambiente que lhe é adverso. A relação do homem com o trabalho nunca foi fácil, até mesmo a etimologia da palavra denota algo penoso e, até mesmo, indesejado (“tripalium”, instrumento de tortura feito com três paus).”

Durante minha trajetória profissional pude atuar em diversos setores de biblioteca e pude perceber que embora seja extrovertida, não tenho perfil para trabalhar oito horas por dia, cinco dias por semana no atendimento ao usuário. Percebi durante esses poucos anos de Biblioteconomia que me atraio mais pelos processos técnicos que pelas atividades ligadas diretamente com o usuário.

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