Por Assessoria de Comunicação Social, da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro.

Desde agosto de 2015, a Secretaria de Estado de Cultura [do Rio de Janeiro] promove, juntamente a 34 municípios do [estado], apoio à estruturação dos Sistemas Municipais de Cultura, após sanção da Lei 7035/2015, que instituiu o Sistema Estadual de Cultura do Rio de Janeiro, coordenada entre prefeituras, dinamizadores culturais e os governos estadual e federal.

Um dos passos da elaboração desta estrutura, que também compõe a terceira fase do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Cultural dos Municípios (PADEC), é o I Encontro Geral da Dinamização/Apoio à Elaboração de Planos Municipais de Cultura, que acontece em 01/03, das 9h às 17h, no auditório da Fundação Casa de Rui Barbosa. Na reunião, gestores públicos e agentes culturais irão debater as próximas etapas e os desafios para a elaboração dos planos municipais de cultura, peça estruturante dos sistemas municipais de Cultura.

Esta ação da terceira fase do PADEC é focada na Qualificação da Gestão Cultural. Por isso, um dos alicerces fundamentais para a plena composição destes sistemas é a participação e a colaboração de dinamizadores, que são gestores, professores e profissionais da área cultural, selecionados a partir de uma chamada pública, responsáveis por integrar o poder público e a Sociedade Civil.

A função deles é estimular ações, como encontros, reuniões e elaborações de projetos, bem como traçar um diagnóstico das demandas de cada região e viabilizar o diálogo entre as universidades, os artistas, agentes culturais e o governo estadual.

Ao todo, oito dinamizadores estão trabalhando no acompanhamento do desenvolvimento dos sistemas municipais de cultura de 34 cidades, divididas pelas regiões Metropolitana Leste, Baixada Fluminense, Noroeste, Norte, Serrana, Baixadas Litorâneas, Médio Paraíba, Centro-Sul e Costa Verde.

Há quase 20 anos à frente da gestão e da produção cultural, a ex-Secretária Municipal de Cultura de Nova Friburgo, Maria Amélia Fonseca Curvello, de 60 anos, é uma das dinamizadoras e responsável pelos municípios de Miracema, Porciúncula, Santo Antônio de Pádua e Aperibé. Para dar conta de cada município, Maria Amélia relata que o trabalho deve ser feito de forma transparente e com acompanhamento tanto das secretarias municipais de cultura, quanto de quem produz peças de teatro, cineclubes e outras atividades nestes locais.

“O primeiro passo, e sempre o mais desafiador, é estabelecer uma relação direta e permanente entre quem faz cultura na ponta e os responsáveis pela elaboração das políticas públicas. Creio que o mais importante nessa fase é a conscientização de que, a partir destes sistemas, teremos condições para que todos tenham acesso a uma produção cultural estruturada de forma efetiva e garantida”, disse a gestora cultural.

O trabalho de dinamização, explica a Coordenadora de Políticas Culturais da SEC, Cleise Campos, é uma ação conjunta, essencial para o debate da política cultural dos municípios do interior e da Baixada Fluminense e para o fortalecimento da implantação dos sistemas municipais de cultura,fortalecendo na sequencia, o próprio Sistema Estadual de Cultura.

Os dinamizadores, afirma Cleise, são colaboradores aptos a identificar as potências locais dos municípios com foco, sobretudo, na elaboração destes planos.

“O processo de dinamização, assim como o Curso de Formação de Gestores Públicos e Agentes Culturais, integra a ação em prol da Qualificação da Gestão Cultural, estimulando a formação do setor. Todo esse processo é um avanço, onde a construção de diálogo, parcerias e ações integradas fazem parte da engrenagem dos sistemas municipais, estadual e nacional”, avaliou Cleise.

Anterior à elaboração das políticas públicas está a elaboração e a aplicação da metodologia para a organização desta estrutura, que vem sendo acompanhada por pesquisadores do Laboratório de Ações Culturais (LABAC-UFF) do Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidade da Universidade Federal Fluminense (UFF).

A elaboração do método, explica o Coordenador do LABAC/UFF e dinamizador, Luiz Augusto Fernandes Rodrigues, é apoiada em quatro eixos essenciais para o desenvolvimento social e cultural: o fomento às expressões artísticas; o fomento às expressões culturais populares; ações de preservação do patrimônio, da memória e do estímulo ao turismo e a participação da Sociedade Civil.

O I Encontro Geral de Dinamização/Apoio à Elaboração de Planos Municipais de Cultura na Fundação Casa de Rui Barbosa (Rua São Clemente 134, Botafogo – Rio de Janeiro), tem entrada franca, com inscrições no local a partir de 9h. Para alunos de graduação ou pós-graduação em cursos da área cultural, serão fornecidos certificados de participação de 8h.

Outras informações, na Coordenação de Políticas Culturais da Secretaria de Estado de Cultura, no telefone 21 2216-8500 Ramal 236 e 237, politicasculturais@cultura.rj.gov.br. Clique aqui para conhecer a programação completa do encontro.

Comentários

Comentários