Por Assessoria de Comunicação, do Ministério da Cultura

Um dos principais eventos culturais do mundo, o Salão do Livro de Paris, abre as portas nesta sexta-feira (20/3) para público de mais de 200 mil visitantes e 1,2 mil editores de todos os continentes.

Em sua 35ª edição, o Brasil é o país homenageado e leva, com apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Ministério da Cultura (MinC), a imensa diversidade da literatura brasileira.

O escritor Daniel Mundukuru, por exemplo, representará a voz dos povos indígenas em Paris.

No grupo de autores, constam os mais experientes como Nélida Pinõn, Ana Miranda, Fernando Morais, Affonso Romano Sant’Anna e os mais jovens como Ana Paula Maia, Daniel Galera e Tatiana Salem Levy.

O evento, que segue até 23 de março, terá investimentos de cerca de R$ 4 milhões, sendo uma parcela de R$ 3 milhões da Câmara Brasileira do Livro, captados por meio da Lei Rouanet, e outra parte de R$ 937,7 mil de recursos do Ministério da Cultura.

O ministro da Cultura, Juca Ferreira, desembarca na capital francesa nesta quinta-feira (19/3) e participa de uma ampla agenda. Ainda hoje, tem encontro marcado com a ministra francesa da Cultura, Fleur Pellerin. À noite, participa da inauguração do Salão do Paris.

Na sexta-feira (21/3), Juca Ferreira percorrerá os principais estandes do Salão de Paris e concederá uma entrevista coletiva aos jornalistas. Haverá um discurso, ao meio-dia, no pavilhão brasileiro. Por volta das 16h, reúne-se com a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova. À noite, participa da recepção em homenagem aos autores e às autoras na Embaixada do Brasil na França.

Na manhã do sábado (22/3), também está prevista a visita do presidente francês François Hollande ao Salão de Paris e ao pavilhão brasileiro.

Programação

Durante o Salão, haverá uma ampla e diversificada programação com palestras, exposição de livros e eventos culturais paralelos. Fora do Salão, será realizado, por exemplo, o lançamento da antologia de contos, poemas e ensaios da Academia Brasileira de Letras, na Maison d’Amérique Latine.

Os visitantes poderão ver exposição sobre Machado de Assis na sede da Unesco, presenciar seminários sobre História do Brasil na Sorbonne e na Fundação Gulbenkian, além de participar de diversas atividades no Museu Quai Branly e na Maison de la Poésie.

No dia 22, a artista franco-brasileira Mariane Peretti lançará das 18h às 19h30 (horário local) no estande do Brasil o livro sobre sua obra, incluindo os vitrais dos equipamentos de Brasília assinados pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Diversidade

Para a seleção dos 43 autores e autoras, os curadores Guiomar de Grammont e Leonardo Tonus consideraram critérios como representatividade regional, equilíbrio de gênero (masculino e feminino), diversidade étnica e cultural, de gêneros literários e ciências humanas, de autores consagrados e novos e escritores, preferencialmente com obras traduzidas para o francês.

Para o diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLB) do Ministério da Cultura Jéferson Assumção, o país conta com uma literatura cada vez mais presente no cenário internacional. Nos últimos três anos, os autores e as autoras do Brasil participaram de diversos eventos literários.

Em 2012, marcou presença na Feira Internacional do Livro de Bogotá (Colômbia); em 2013, em Frankfurt (Alemanha); e, por último, em 2014, na Feira Internacional do Livro Infantil de Bologna (Itália).

“Isso se deve a pelo menos três fatores, entre outros: isenção de impostos sobre livros, aumento do interesse mundial pela literatura brasileira e forte investimento público na tradução de obras nacionais para outros idiomas”, avalia Assumção.

Auxílios
Um dos principais incentivos do ministério é o Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, executado pela Fundação Biblioteca Nacional (FBN). A iniciativa inclui editais para apoio à tradução e à publicação de autores brasileiros no exterior por meio de bolsas; intercâmbio de autores brasileiros no exterior; e apoio à publicação de autores brasileiros na comunidade de países de língua portuguesa (CPLP).

Desde 1991, o programa já concedeu 770 bolsas, sendo 70% delas (543 bolsas) entre os anos de 2011 e 2014. A iniciativa resultou na publicação de obras de 290 autores em 47 países. Alemanha, Espanha, França, Itália e Argentina são os países que mais traduzem obras brasileiras.

Os escritores mais procurados para tradução no exterior são Clarice Lispector, Jorge Amado, Machado de Assis, Rubem Fonseca, Moacyr Scliar, Alberto Mussa, Adriana Lisboa, Daniel Galera, Chico Buarque, Michel Laub.

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