Da Agência Brasil

A Biblioteca do Parque Alemão, comunidade da zona norte do Rio, recebe, a partir de hoje (28), o Curso de Mediadores de Leitura, uma das ações do projeto de modernização de bibliotecas e das práticas de leitura, firmado em 2009 por meio de parceria entre o Ministério da Cultura e a Secretaria Estadual de Cultura. O curso vem sendo promovido pela Superintendência da Leitura e do Conhecimento da secretaria desde o início deste mês em diferentes locais da região metropolitana e da capital fluminense.

 Com cinco dias de duração, em um total de 26 horas, as aulas são ministradas por profissionais ligados ao Instituto Tear, sob a coordenação do Instituto Raízes da Tradição, e tem como objetivo informar e buscar o aprimoramento das práticas de mediação entre público, livro e leitura. Além da Biblioteca do Parque Alemão, a sede do espaço Rio Criativo, no centro da capital, também receberá o curso a partir do dia 6 de abril. Serão cinco aulas com um programa que se complementa a cada dia e inclui outras linguagens e ferramentas como a poesia, a música e elementos que contribuem para a prática da leitura. A cada aula, o curso abordará temas como memórias, contos de fadas, cordel, prosa e poesia. O público-alvo com quem os mediadores poderão trabalhar é o infantojuvenil, com idade a partir de 16 anos.

Podem participar do curso estudantes, professores, contadores de história e quem se interessa pela leitura. Diferentes linguagens, como mídias impressas, audiovisual ou radiofônica, serão utilizadas nas aulas como contribuição à reflexão e à prática de mediar processos de acesso, incentivo e informação de leitores. Entre os profissionais que ministram as aulas estão arte-educadores, pedagogos, artistas plásticos, musicoterapeutas e outros instrutores ligados à cultura e educação.

De acordo com a superintendente da Leitura e do Conhecimento da Secretaria de Educação, Vera Schroeder, os cursos trabalham justamente os pontos que conectam o livro àquele sujeito que lê, ou que pouco lê, que conta histórias ou que narra sua vida em cantigas e cordéis. Ela explicou que, “inevitavelmente, a ampliação da capacidade de leituras e de narrativas se traduzirá na capacidade de leitura de mundos e na leitura de si. Essa capacidade de produzir subjetividades a partir da leitura é fundamental, servindo como resistência a formas de submissão política e cultural, ampliando liberdades”.

As inscrições para participar do curso na Biblioteca Parque do Alemão e no Rio Criativo estão abertas e duram até que o quadro de vagas nesses locais estejam completos. Elas podem ser feitas pela internet.

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