A ministra da Cultura, Marta Suplicy, disse hoje (20) esperar que a greve dos servidores da cultura acabe antes da Copa do Mundo. Ela afirmou que as negociações seguem em curso. “Estamos na expectativa de uma solução”, declarou, em evento na cidade do Rio de Janeiro. Profissionais do setor estão paralisados desde o dia 12 deste mês. Treze dos 30 museus administrados pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) tiveram atividades alteradas ou paralisadas. No Rio, das 18 unidades da cultura, apenas o Paço Imperial permanece funcionando.

De acordo com a ministra, foram feitas três reuniões com os líderes da greve. No último encontro, quinta-feira (15), no Ministério do Planejamento, em Brasília, representantes do movimento se comprometeram a enviar uma contraproposta. “Estamos aguardando o que as lideranças da greve vão encaminhar”, disse Marta. “Sempre existe essa perspectiva (de encerrar a greve). Senão, não estaríamos fazendo tantas reuniões”, completou, ao sair de evento na Fundação Casa Rui Barbosa.

Segundo o diretor do Sindicatos do Trabalhadores do Serviço Público Federal no Rio de Janeiro (Sintrasef), André Angulo, o documento, com todas as reivindicações, foi entregue ontem (19) ao Ministério do Planejamento, em Brasília. Nele, os servidores pedem a revisão da tabela salarial, a implementação da gratificação de qualificação, a racionalização de cargos e a maior participação dos servidores na gestão do Ministério da Cultura e na elaboração de políticas públicas.

“São demandas que o governo já tinha prometido discutir desde 2007 e não discutiu”, afirmou Angulo à Agência Brasil.

O Ministério do Planejamento alegou, por meio da assessoria de imprensa, que não há condições orçamentárias para reajuste de salário da categoria e pagamento de gratificações aos servidores.

Os grevistas fazem assembleia hoje em Brasília, em frente ao MinC, na Esplanda dos Ministérios, e amanhã (21) no Rio, no Palácio Capanema, no centro, para discutir os rumos da paralisação. Hoje, eles protestam, a partir das 16h30, à frente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), com os professores estaduais e municipais, também em greve.

Publicado originalmente no Brasil247

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