Os técnicos administrativos em educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram hoje, numa votação quase unânime, aderir à greve a partir da próxima sexta-feira (10).  A decisão foi tomada em conformidade com o indicativo da FASUBRA (Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnicos-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil), que também indica um ato unificado com diversas categorias para esta mesma data.

A greve é uma reposta da categoria ao governo que editou recentemente duas medidas provisórias (MPs) que afetam diretamente vários seguimentos do serviço público. Uma das medidas prevê a alteração na contribuição previdenciária, de 11% para 14%, para servidores públicos com salários acima de R$ 5 mil. Na mesma MP está previsto o adiamento do reajuste para servidores públicos em 2018.

Além de marcar posição contra as MPs, a paralisação também visa pressionar o governo a recuar em relação às ações que colocam em risco diversos direitos conquistados pelos trabalhadores ao longo do tempo, como as reformas trabalhista, esta já aprovada, e da Previdência, que neste momento o governo Temer se empenha em aprovar.

“A decisão da Plenária Nacional da FASUBRA em deflagrar a greve no dia 10 de novembro, foi uma decisão acertada e contribuiu, entre outros fatores, a forçar o governo a recuar o ataque ao Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE) de imediato. Ou seja, o governo não conseguiu aplicar todo o pacote de imediato através de MPs, como divulgado na Imprensa, mas está esperando o melhor momento de atacar as carreiras do funcionalismo e colocar em votação a Reforma da Previdência num formato mais direcionado ao funcionalismo. Isso significa que precisamos dar uma resposta que expressa força e capacidade de enfrentamento, e o ideal  seria que o funcionalismo e não só a Fasubra assumisse essa tarefa”, diz uma nota da Federação publicada recentemente.

Durante a assembleia dos técnicos da UFRJ de hoje várias pessoas destacaram o fato de que o mais difícil não é aprovar a greve, mas garantir a mobilização da categoria em torno das bandeiras de luta. Ficou decidido que também no dia 10 haverá reunião para organização do comando local de grave, além de uma nova assembléia, programada para o próximo dia 14, para avaliar a organização do movimento paredista.

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